terça-feira, 28 de abril de 2009

Carta de repúdio.

Eunápolis, Bahia 06 de abril de 2009

Caro Ministro,

Venho por meio desta carta, lhe mostrar a minha grande indignação em relação ao ensino público brasileiro. Todos nós, não só do Brasil, mas também de outros lugares, merecemos um ensino decente para que possamos ter um futuro brilhante pela frente.
Infelizmente, todos os dias pessoas passam por situações terríveis para chegar à escola. Mas será que esse esforço é válido? Eu poderia dizer que não, por não receberem, nas escolas, o que merecem. Elas podem até pensar diferente, mas isso acontece porque, algumas, não têm uma base de como estão sendo prejudicadas.
Enquanto alguns desprezam a educação que lhes é oferecida, outros dariam tudo por ela. Mas não basta isso para conseguirem. A educação pública do Brasil está uma tremenda vergonha. Falta de professores qualificados, de material pedagógico, de lanche, e são itens que não deveriam faltar em escola alguma.
Pessoas são enganadas todos os dias, ir à escola não é o suficiente para aprender, pois os principais motivos dessa ida não são oferecidos. Enquanto isso outros ficam usando a verba, que seria destinada a essa grande causa, para satisfazer seus interesses pessoais.
Esse é um dos principais motivos que leva o país a não progredir. Como iria se a geração futura está sendo prejudicada?!
O que eu gostaria de saber, de verdade, é o que faz o MINISTRO DA EDUCAÇÃO enquanto isso acontece. Não é possível que uma pessoa que tem o dever de cuidar desse assunto, veja o que está acontecendo e fique de braços cruzados. Não posso afirmar nada a esse respeito, mas pelo visto é o que está acontecendo.
Ministro, aqui vai algumas perguntas:
• O que acontece com nossa educação?
• Para onde vai o dinheiro destinado a ela?
• Quais são os motivos, ou melhor, as desculpas para o que está acontecendo?
• Faz idéia de como será o futuro dessas pessoas?
É uma coisa terrível de se presenciar, saber que existem pessoas que não recebem educação escolar nenhuma. Além de ensinar sobre as matérias, as escolas devem, também, educar para que, futuramente, contemos com cidadãos honestos, trabalhadores e direitos.
Mas em algumas escolas, de alguns lugares, não é o que acontece. Estudar é um direito de todos. E estão retirando esse direito de várias pessoas.
Imagina o que pode acontecer, no futuro, com crianças que foram privadas de ensino?! É aqui que entram em cena os roubos, as drogas, enfim, a marginalidade.
Aqui vai uma carta de uma estudante que está frustrada com a situação precária em que se encontra a educação pública do nosso país.
Atenciosamente,
Cristiellen Larissa

Carta ao professor.

Eunápolis, Bahia 06 de abril de 2009

Para meu eterno mestre:

Antes de qualquer coisa devo confessar que tinha certo medo de ser sua aluna. “Será que ele chato?”, “Será que é difícil entender suas explicações?”, várias perguntas que não saiam da minha cabeça. Lembro-me como se fosse hoje, primeiro dia de aula, e logo de cara duas aulas com você. Mas, para minha sorte descobri que a resposta para minhas perguntas era “não!”. Lembro-me, também, do último, e pior, dia de aula. Uma tristeza! E só em pensar que não teria mais aula com você, Marcos, não conseguia conter as lágrimas.
Só tenho a agradecer por tudo o que me ensinou. Vou levar comigo, sempre, a lembrança de seus conselhos e aprendizados. Espero que eu tenha conseguido absorver tudo de melhor ou pelo menos metade das coisas maravilhosas que você tem a me ensinar.
Várias broncas, elogios, puxões de orelha (claro que não poderia me esquecer deles.), apelidos (mesmo que não tenham sido os melhores, nunca me irritei por conta deles, eram até engraçados!), piadas, palhaçadas. Nossa! Quanta coisa boa passei com você!
Tenho muita saudade das suas aulas, de resolver aqueles problemas complicados com a sua ajuda. E apesar de ser um pouco lerda para entender alguns assuntos, você não desistiu de mim, me ensinou, e quando eu precisava, repetia as explicações.
Sabe, obrigada! Mas, obrigada de verdade. Não sei se você imagina o quanto foi importante para a minha formação. Mas, se imaginar, acredite, não é nem metade da sua verdadeira importância.
Com você eu não aprendi somente as regras da matemática, até porque, você não foi apenas um professor dessa matéria, especificamente. Com sua ajuda aprendi a diferenciar certo de errado. Enfim, eu cresci como estudante e como pessoa. Muito do que sou devo a você, meu mestre.
Olha, a amarela, raiovack-mini, cabeleireira, ou qualquer que seja o apelido da vez, te deseja muito sucesso, e tudo de bom e de melhor que a vida possa te proporcionar. E agradece, também, por tudo que, graças a você, conseguiu e vai conseguir conquistar.
Novamente eu lhe agradeço. OBRIGADA!


Com carinho,
Cristiellen Larissa