domingo, 22 de novembro de 2009

"Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!"

Clarice Lispector

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Acho a maior graça. Tomate previne isso,cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas não exagere...

Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos.

Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde.

Prazer faz muito bem.
Dormir me deixa 0 km.
Ler um bom livro faz-me sentir novo em folha.
Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos.
Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheio de idéias.
Brigar me provoca arritmia cardíaca.
Ver pessoas tendo acessos de estupidez me
embrulha o estômago.
Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano.
E telejornais... os médicos deveriam proibir - como doem!
Caminhar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo,
faz muito bem! Você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada.
Acordar de manhã arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde!
E passar o resto do dia sem coragem para pedir
desculpas, pior ainda!
Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, não há tomate ou mussarela que previna.
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau!
Cinema é melhor pra saúde do que pipoca!
Conversa é melhor do que piada.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é melhor do que nada!

Luis Fernando Veríssimo

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O mito da caverna - Platão

http://www.youtube.com/watch?v=WkWQ6jB3jm0&feature=fvst

Achei que seria bom compartilhar esse vídeo. É um trabalho de uma turma de Psicologia, da Faculdade de Guarulhos. Muito interessante!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

domingo, 26 de julho de 2009

Dois rios.

O céu está no chão
O céu não cai do alto
É o claro, é a escuridão

O céu que toca o chão
E o céu que vai no alto
Dois lados deram as mãos

Como eu fiz também
Só pra poder conhecer
Do que
O que a voz da vida vem dizer

Que os braços sentem
E os olhos vêem
Que os lábios sejam
Dois rios inteiros
Sem direção

O sol é o pé e a mão
O sol é a mãe e o pai
Dissolve a escuridão

O sol se põe se vai
E após se pôr
O sol renasce no Japão

Eu vi também
Só pra poder entender
Na voz da vida ouvi dizer

Que os braços sentem
E os olhos vêem
E os lábios beijam
Dois rios inteiros
Sem direção

E o meu lugar é esse
Ao lado seu, no corpo inteiro
Dou o meu lugar pois o seu lugar
É o meu amor primeiro
O dia e a noite as quatro estações.

(Samuel Rosa - Lô Borges - Nando Reis)

terça-feira, 21 de julho de 2009





"Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! A alguns deles não procuro, basta saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida...mas é delicioso que eu saiba e sinta que eu os adoro, embora não declare e os procure sempre..."
Vinícius de Moraes

quarta-feira, 24 de junho de 2009

terça-feira, 23 de junho de 2009

Palavras.
(Glória Salles)

Perco-me quando escrevo...
Me perderia de qualquer forma.
Afinal, tudo é perda...
E calar é muito mais...
Escrevo porque preciso.
Escrever é como droga.
Vício do qual não me abstenho,
e no qual vivo.
É como veneno necessário.
Se compõe de fragmentos do sentimento.
Nos recantos dos sonhos é colhido.
Das margens bucólicas dos rios da alma.
Essas águas deixo escorrer por meus dedos.
Não quero o silêncio...
Por isso...

Que meu coração jamais se cale.
E o que eu não ouso dizer...

Isso ele fale.
E que o faça claramente.
Nunca com ambigüidade...
E sejam suas palavras, como rio
Que incógnito nasceu,
Cuja maré alta transforma em foz.

VERBO SER.

(Carlos Drummod de Andrade)
Que vai ser quando crescer?
Vivem perguntando em redor. Que é ser?
É ter um corpo, um jeito, um nome?
Tenho os três. E sou?
Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito?
Ou a gente só principia a ser quando cresce?
É terrível, ser? Dói? É bom? É triste?
Ser; pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas?
Repito: Ser, Ser, Ser. Er. R.
Que vou ser quando crescer?
Sou obrigado a? Posso escolher?
Não dá para entender. Não vou ser.
Vou crescer assim mesmo.
Sem ser Esquecer.
Poesia
(Carlos Drummond de Andrade)

Gastei uma hora pensando em um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Essa não é a sua vida!

Roubar
Subtrair uma parte qualquer
Da metade do que não é nada
A não ser um pedaço qualquer de alguém.
Matar
Subitamente apagar dessa vida
Um pedaço que é nada mais
Que uma parte qualquer
Da metade do que não é nada
A não ser um pedaço qualquer de alguém.
Viver
Repetir todo o dia a tarefa
De ser um a mais
Uma parte qualquer da metade
Do que não é nada a não ser alguém.
Morrer
Simplesmente sair dessa vida
E deixar para sempre de ser
Um a mais e de ser
Uma parte qualquer da metade
Do que não é nada a não ser alguém.
Números, números, números
O que é? o que são?
O que dizem sobre você?
Essa não é a sua vida,
essa não é a sua história!
Sentir
Sente-se que a metade
De vinte por cento
Dos vinte milhões de mulheres
No mundo não sentem nenhum prazer.
Saber
Sabe-se que o total de pessoas
Que sabem o que é o amor
É igual a metade
Dos que já não sabem
O que é amar.
Falar
Fala-se que só metade
Dos homens que sabem falar
Realmente não falam aquilo
Que sentem e falam e falam.
Pensar
Pensa-se que uma parte
Daqueles que pensam
É só a metade dos vinte por cento
Que pensam naquilo
Que é bom pra si.
Números, números, números
O que é? o que são?
O que dizem sobre você?
Essa não é a sua vida,
essa não é a sua história!
[Papas da língua]

segunda-feira, 15 de junho de 2009

quinta-feira, 11 de junho de 2009

O que é gramática normativa?

É a gramática que procura mostrar as regras gramaticais de uma língua, colocando suas prescrições como a maneira "certa" de realização da língua, transformando as outras formas possíveis como "erradas". Ela é dividida em fonoligia, morfologia e sintaxe.

* Fonologia: fonemas, letras, pontos de articulação. Pode ser ortoépia, prosódia ou ortografia.

* Morfologia: (forma) – estuda a composição dos vocábulos, estudo das classes de palavras e gramaticais.

* Sintaxe: relação entre as palavras de uma oração ou relação entre as orações de um período. Pode ser de concordância, de regência, de colocação ou pronominal.

O que é gramática descritiva?

É a gramática que mostra as regras de como a língua deve ser falada. Ela não tem como objetivo mostrar o que é "certo" ou "errado", e sim, de mostrar todas as possíveis formas de expressão existentes e verificar por quem e quando foram feitas.

Indivíduo revoltado!

A visão social existente na época em que Billy viveu não é muito diferente da atual. É claramente perceptível o preconceito que existe quando decidimos lutar por nossos sonhos sem nos importar com as “regras da sociedade”, regras essas que foram grosseiramente criadas tendo como principal conceito o pensamento machista e feminista que segue o princípio de que a sociedade é dividida em coisas de mulher e coisas de homem.
Por que balé é só para meninas? Por que homem que usa rosa é gay? Por que mulher que joga futebol é considerada “machona”? A resposta é simples e única, porque estamos sendo educados para seguir as regras que dizem como e o que cada um deve fazer, e acusamos preconceituosamente as pessoas que sigam um caminho diferente.
Temos que nos perguntar “quem foi que inventou essas regras?” “quem disse como cada um deve ser?” “o que é para homem e o que é para mulher?”
Nos mostramos preconceituosos, também, em relação a sensualidade bastante presente no filme entre o Billy e a amiga bailarina, e na simples “guerrinha de travesseiros” levamos a cena para o lado sexual.
Muitas relações são bastante afetadas por conta do preconceito, por exemplo, garotos não podem beijar seu pai na frente dos amigos; menino não pode abraçar outro menino; menina não deve gostar de carrinho, bola ou jogos de luta, e isso acontece porque as pessoas farão piadinhas.
Bom, segundo a Constituição nós somos “livres”, mas será que somos mesmo? Se for assim, por que não podemos fazer o que desejamos sem sermos taxados disso ou daquilo? Precisamos evoluir; tirar das nossas cabeças o maldito preconceito! Isso só acontecerá - se acontecer! -, quando todos resolverem criticar as pessoas que tenham preconceitos e não as que cometem os “atos errados”. Será que conseguimos?
É isso aí, vamos deixar de ser um bando de imitadores e partir para as nossas próprias escolhas. Vamos virar indivíduos revoltados, já que é assim que seremos considerados!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

NEGROS

O racismo, não está na cor.
Mas nos olhos do preconceito.
No coração do homem.
Homem: pobre animal irracional.
A cor da pele não te faz diferente.
mas especial, único.
Não somos uma raça, somos uma nação!
Parte do sistema.
somos: "o bloco dos excluídos".
Querendo gritar, desatar o nó da repressão.
Rasgar o verbo, disparar palavras.
Somos: "o exército dos figurantes".
Que cansaram de serem escondidos por trás das cameras.
Querendo sentir o gosto do protagonismo.
Nossas armas não matam, mas deixam feridos.
Ferimos os olhos dos que nos odeiam.
Não usando balas, mas a nossa verdade.
Dizem que a verdade dói, mas a mentira machuca mais.
A dignidade parece uma flor, que não desabrochou. Mas também não morre.
o sol nasce pra todos, mas a sombra só para alguns.
Minha consciência é negra.
Não minha cor, não minha pele.(a pele é a roupa da alma).
A ALMA NÃO TEM COR (LUTHER KING).
sou Luther King, Mandela, Zumbi, Pelé...
Sou negro, branco, amarelo, vermelho... sou BRASIL!
Que amanhã, o mundo acorde menos injusto.
Pra que eu possa dormir mas digno.

terça-feira, 2 de junho de 2009




"O último refúgio do oprimido é a ironia, e nenhum tirano, por mais violento que seja, escapa a ela. O tirano pode evitar uma fotografia, não pode impedir uma caricatura. A mordaça aumenta a mordacidade." - Por Millôr Fernandes

Está bem clara a crítica que ele faz à política, porém ele critica, também, os eleitores, que não fazem nada para obter seus direitos.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Resumo de citação: 'Dias de sombra, dias de luz'

1º Parágrafo. (linhas 3 a 8) "Será que somos uma aberração coletiva apelidada de nação? Será que somos uma civilização sem amanhã? Talvez sim, talvez não. Seja como for, para evitar o dano mais grave é preciso admitir o evidente: criamos uma sociedade inconseqüente que se vê a braços com o pior efeito da inconseqüência humana: a carnificina monstruosa, na qual crianças matam crianças, sem se dar conta da imoralidade do que estão fazendo."
2º Parágrafo. (linhas 11 a 15) "O adolescente que disse ignorar o que é a dor de perder um filho assassinado porque nunca teve filho, exibiu, sem se dar conta, sua patológica cegueira de valores. Mas, sobretudo, mostrou que nunca teve a chance de saber o que é um pai, uma mãe, um filho, enfim, o que é amar e perder um ser amado a quem se deu a vida."
3º Parágrafo. (linhas 19 a 22) "Apesar de não ter controle sobre as causas que o levaram a agir como agiu, o garoto é responsável pelo que fez, a menos que o consideremos um puro espectro humanóide, o que seria incomensuravelmente mais desumanizante."
3º Parágrafo. (linhas 25 a 27) "Conclusão: é nosso dever ético condenar e procurar mudar, por todos os meios possíveis, regimes socioeconômicos que favoreçam a formação moral de pessoas sem consciência do que seja crueldade."
5º Parágrafo. (linhas 42 a45) "Nossa tola vaidade nos faz pensar, muitas vezes, que “os outros”, os incultos ou conservadores, podem tropeçar na própria ignorância e não saber o que dizem ou dizerem “não sei”. Nós, não! Nós somos embaixadores do Iluminismo, do Humanismo ou de qualquer outro “ismo”."
5º Parágrafo. (linhas 51 a 53) "Acontecimentos extraordinários do ponto de vista moral podem, assim, fazer-nos hesitar quanto à propriedade e a natureza do que julgamos justo ou injusto."
5º Parágrafo. (linhas 57 a 62) "No caso de João Hélio, como decidir entre a piedade devida a cada um e a equanimidade devida a todos? O que é mais justo: pedir o endurecimento na punição do responsável pela morte de uma criança inocente brutalmente assassinada ou argumentar, em favor do adolescente assassino, que ele jamais teve condições de entender, por questões psicológico-sociais, que o direito à vida é uma prerrogativa de qualquer ser humano?"
8º Parágrafo. (linhas 89 a 93). "Mas agir e pensar com justiça não é questão de tomar partido; é questão de experimentação sócio-moral, como sustentaram James, Dewey, Rorty; é questão de apostar, sem garantias e com riscos de frustração, na boa-vontade de nossos parceiros de vida em comum; é questão, enfim, do “perigoso talvez”, tão repetido pelo saudoso Derrida."
12º Parágrafo. (linhas 144 a 148) "Eis uma das chaves da saída: um só mundo, um só povo. Com essa simples consciência, esses brasileirinhos decentes e encantadores mostram que possuem o senso de pertencimento a uma mesma comunidade de tradições, e, portanto, são capazes de reconhecer o direito dos demais ao mesmo respeito e oportunidade que lhes foram dados."
12º Parágrafo. (linhas 152 a 154) "Sonho de bobo alegre, dirão os cínicos. Talvez. Mas - plagiando a rústica Macabéia de Clarice Lispector -, sem esse sonho, viver serve pra quê?"

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Resumo crítico: 'Dias de sombra, dias de luz'

O texto 'Dias de sombra, dias de luz' retrata uma realidade mostrada de seus diversos ângulos. O autor cita o caso de João Hélio - o garoto que foi arrastado pela rua, preso ao cinto de segurança -, porém, diferentemente de muitos, ele não se limutou a acusar o adolescente que cometeu aquela atrocidade.
Nossa sociedade tem passado por vários dias se sombra. Aparecem, com muita frequência, casos assustadores. A cada dia vemos tristes notícias, e por incrível que pareça muitos "protagonistas" dessas histórias são crianças (tem menina jogada do edifício; menina estuprada pelo padrasto; entre outros).
É chocante como nós acabamos tendo certa responsabilidade na formação desses "monstros sociais", a falta de informação, educação (tanto escolar como social) e até de acolhimento, acaba influênciando no triste fim desses adolescentes.
Apesar de tudo isso, devemos ter consciência de que nunca podemos desistir dos dias de luz , ao invés de ficarmos de braços cruzados esperando a próxima tragédia devemos agir e tentar melhorar a sociedade em que vivemos para, no fim, conseguirmos muitos dias de bastante luz.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Pedaço De Mim
(Chico Buarque)

Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar

Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais

Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu

Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi

Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Lava os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus


[Música relacionada à Cantiga de Amigo.]

quinta-feira, 14 de maio de 2009




Muitas das obras do pintor Hyeronymus Bosch retratavam pecado e tentação, ele utilizava bastante cores em suas pinturas.
Essa obra, O jardim das delícias terrenas, nos mostra personagens desinibidos, sem nenhuma vergonha. Ela expõe, também, símbolos e atos sexuais se aproximando do surreal. Percebemos claramente que se trata de uma cena imaginária.

O que é Menestrel?

"Menestrel, [...] era o poeta bardo cuja performance lírica referia a histórias de lugares distantes ou sobre eventos históricos reais ou imaginários. Embora criassem seus próprios contos, muitas vezes memorizavam e floreavam obras de outros. [...] os menestréis eram substituídos por trovadores, e vários deles tornaram-se errantes, apresentando-se para a população comum, tornado assim os divulgadores das obras de outros autores." Origem: Wikipédia.


Ou seja, era um poeta que escrevia sobre acontecimentos que podiam ser reais ou imaginários. Eles criavam seus próprios contos, porém, às vezes, olhavam obras alheias. Com o surgimento dos trovadores, os menestréis passaram a ser divulgadores de histórias.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Análise de O gigolô das palavras.

“Ao analisar a língua escrita "viva" – ou seja, aquela em que geralmente são escritos os textos de jornais e revistas dos grandes centros urbanos, assim como de obras técnicas e ensaísticas –, essa gramática renova o estudo do português, sendo instrumento de grande auxílio para professores, pesquisadores e outros profissionais. Aos estudantes dará estímulo para que tirem suas próprias conclusões a partir da observação dos fatos da língua.” (Autor de "Iniciação à sintaxe do português", obra sucessivamente reeditada, José Carlos de Azeredo).
A Gramática é, sim, importante para o Português, porém ela não tem uma importância única. Para quê serviria a Gramática, sem a fala? Claro que ela nos ajuda, e muito, em certos pontos na escrita. Mas não influência na nossa fala, e esse é o principal meio de comunicação. Podemos tomar como exemplo a mudança que ocorreu, recentemente, na Gramática, apenas para igualar nossa escrita com os países que FALAM o mesmo idioma que nós. Se parássemos de falar, o Português resistiria com apenas a escrita ou viraria uma língua “morta” como o Latim?
Para alguns, pequenos erros é motivo de pânico, mas não é bem assim. Nem todos precisam saber todas as regras gramaticais ou como aplicá-las para saber escrever, como disse Luís Fernando Veríssimo, em seu texto O gigolô das palavras, "[...]A intimidade com a Gramática é tão indispensável que eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria.[...]", com isso percebemos que não é necessário ser um especialista no assunto para escrever.
Há quem diga que tudo é Gramática, se houve junção de letras formando-se uma palavra, logo procuramos saber se ela está nos devidos padrões impostos pelo Português. Às vezes não está, e nem por isso deixamos de usá-la.
As gírias, por exemplo, mesmo sabendo que é errado usá-las, não as abandonamos, pelo contrário, deixamos de lado o "Português formal". Não encontramos, em diálogos informais, pessoas falando "Você sabe para que estão levando aquelas cadeiras?", mas certamente encontramos dizendo "Cê sabe pra que tão levando aquelas cadeiras?".
Será que, tudo que nos é imposto na escola, para decorarmos, vai ser lembrado no futuro? Creio que não.
Bem, nosso Português não se trata apenas do modo como escrevemos, mas, também, de como falamos. Vejamos, porque ouvimos bastante, no primário, nossa professora dizer "escreve do mesmo jeito que se pronuncia" e não "se pronuncia do mesmo modo como se escreve"? Já imaginou? "A árvore, com acento agudo no primeiro A, tem 'mun-in-tas' folhas". Percebemos, assim, que a influência verdadeira, vem da fala e não da escrita, sem retirar, claro, a importância da Gramática.
Cristiellen Larissa

terça-feira, 5 de maio de 2009

Atividade do Primeiro ano, parte 2.2: Selecione uma obra de arte que se relacione com o Barroco e apresente em que aspectos elas se aproximam e se distanciam.



O Barroco é a arte que se inspira na religião. Nessa pintura, o artista Peter Paul Rubens retrata, com grande clareza e intensidade, a adoração que as pessoas tinham à religião.
Atividade do Primeiro ano, parte 2.1: Selecione uma obra de arte que se relacione com o Classicismo e apresente em que aspectos elas se aproximam e se distanciam.



No período do Classicismo houve o antropocentrismo (o ser humano no centro das atenções), nessa obra, o artista Dominique Ingres expõe uma mulher muito bem arrumada, com um espelho ao fundo. Que mostra os cuidados que as pessoas passaram a ter consigo.
Atividade do Primeiro ano, parte um: Relacionando as letras de música abaixo com as escolas literárias indicadas.
1 - Relação entre Trovadorismo e a música ‘O Trovador’ Altemar Dutra:
Nessa música percebemos a grande admiração e amor que o eu lírico sente pela moça. Mostrando, através do modo como chama sua amada "sinhá mocinha", sua submissão em relação à moça. Podemos dizer que a música é uma Cantiga de Amor, uma dos tipos existentes de cantiga no Trovadorismo.
2 – Relação entre Trovadorismo e a música ‘Queixa’ Caetano Veloso:
Essa música pode ser considerada uma Cantiga de Maldizer. O eu lírico se expressa de maneira clara, com palavras duras, assim, é fácil perceber seu desgosto pela moça. Desgosto, esse, causado pelo amor incorrespondido.
3 – Relação entre Trovadorismo e a música ‘Sozinho’ Caetano Veloso:
Nessa música o eu lírico mostra a dor que sente pela falta de seu amor, que o deixou sozinho. Com isso, ela está relacionada à Cantiga de Amigo.
4 – Relação entre Trovadorismo e a música ‘Incelença pro amor retirante’ Elomar:
Essa música narra a perda de um amor. O eu lírico mostra que foi abandonado e ainda espera notícias de seu amor. Podemos considerá-la uma Cantiga de Amigo.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Carta de repúdio.

Eunápolis, Bahia 06 de abril de 2009

Caro Ministro,

Venho por meio desta carta, lhe mostrar a minha grande indignação em relação ao ensino público brasileiro. Todos nós, não só do Brasil, mas também de outros lugares, merecemos um ensino decente para que possamos ter um futuro brilhante pela frente.
Infelizmente, todos os dias pessoas passam por situações terríveis para chegar à escola. Mas será que esse esforço é válido? Eu poderia dizer que não, por não receberem, nas escolas, o que merecem. Elas podem até pensar diferente, mas isso acontece porque, algumas, não têm uma base de como estão sendo prejudicadas.
Enquanto alguns desprezam a educação que lhes é oferecida, outros dariam tudo por ela. Mas não basta isso para conseguirem. A educação pública do Brasil está uma tremenda vergonha. Falta de professores qualificados, de material pedagógico, de lanche, e são itens que não deveriam faltar em escola alguma.
Pessoas são enganadas todos os dias, ir à escola não é o suficiente para aprender, pois os principais motivos dessa ida não são oferecidos. Enquanto isso outros ficam usando a verba, que seria destinada a essa grande causa, para satisfazer seus interesses pessoais.
Esse é um dos principais motivos que leva o país a não progredir. Como iria se a geração futura está sendo prejudicada?!
O que eu gostaria de saber, de verdade, é o que faz o MINISTRO DA EDUCAÇÃO enquanto isso acontece. Não é possível que uma pessoa que tem o dever de cuidar desse assunto, veja o que está acontecendo e fique de braços cruzados. Não posso afirmar nada a esse respeito, mas pelo visto é o que está acontecendo.
Ministro, aqui vai algumas perguntas:
• O que acontece com nossa educação?
• Para onde vai o dinheiro destinado a ela?
• Quais são os motivos, ou melhor, as desculpas para o que está acontecendo?
• Faz idéia de como será o futuro dessas pessoas?
É uma coisa terrível de se presenciar, saber que existem pessoas que não recebem educação escolar nenhuma. Além de ensinar sobre as matérias, as escolas devem, também, educar para que, futuramente, contemos com cidadãos honestos, trabalhadores e direitos.
Mas em algumas escolas, de alguns lugares, não é o que acontece. Estudar é um direito de todos. E estão retirando esse direito de várias pessoas.
Imagina o que pode acontecer, no futuro, com crianças que foram privadas de ensino?! É aqui que entram em cena os roubos, as drogas, enfim, a marginalidade.
Aqui vai uma carta de uma estudante que está frustrada com a situação precária em que se encontra a educação pública do nosso país.
Atenciosamente,
Cristiellen Larissa

Carta ao professor.

Eunápolis, Bahia 06 de abril de 2009

Para meu eterno mestre:

Antes de qualquer coisa devo confessar que tinha certo medo de ser sua aluna. “Será que ele chato?”, “Será que é difícil entender suas explicações?”, várias perguntas que não saiam da minha cabeça. Lembro-me como se fosse hoje, primeiro dia de aula, e logo de cara duas aulas com você. Mas, para minha sorte descobri que a resposta para minhas perguntas era “não!”. Lembro-me, também, do último, e pior, dia de aula. Uma tristeza! E só em pensar que não teria mais aula com você, Marcos, não conseguia conter as lágrimas.
Só tenho a agradecer por tudo o que me ensinou. Vou levar comigo, sempre, a lembrança de seus conselhos e aprendizados. Espero que eu tenha conseguido absorver tudo de melhor ou pelo menos metade das coisas maravilhosas que você tem a me ensinar.
Várias broncas, elogios, puxões de orelha (claro que não poderia me esquecer deles.), apelidos (mesmo que não tenham sido os melhores, nunca me irritei por conta deles, eram até engraçados!), piadas, palhaçadas. Nossa! Quanta coisa boa passei com você!
Tenho muita saudade das suas aulas, de resolver aqueles problemas complicados com a sua ajuda. E apesar de ser um pouco lerda para entender alguns assuntos, você não desistiu de mim, me ensinou, e quando eu precisava, repetia as explicações.
Sabe, obrigada! Mas, obrigada de verdade. Não sei se você imagina o quanto foi importante para a minha formação. Mas, se imaginar, acredite, não é nem metade da sua verdadeira importância.
Com você eu não aprendi somente as regras da matemática, até porque, você não foi apenas um professor dessa matéria, especificamente. Com sua ajuda aprendi a diferenciar certo de errado. Enfim, eu cresci como estudante e como pessoa. Muito do que sou devo a você, meu mestre.
Olha, a amarela, raiovack-mini, cabeleireira, ou qualquer que seja o apelido da vez, te deseja muito sucesso, e tudo de bom e de melhor que a vida possa te proporcionar. E agradece, também, por tudo que, graças a você, conseguiu e vai conseguir conquistar.
Novamente eu lhe agradeço. OBRIGADA!


Com carinho,
Cristiellen Larissa

terça-feira, 17 de março de 2009

lingua portuguesa - Olavio Bilac

Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...

Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!