quarta-feira, 6 de maio de 2009

Análise de O gigolô das palavras.

“Ao analisar a língua escrita "viva" – ou seja, aquela em que geralmente são escritos os textos de jornais e revistas dos grandes centros urbanos, assim como de obras técnicas e ensaísticas –, essa gramática renova o estudo do português, sendo instrumento de grande auxílio para professores, pesquisadores e outros profissionais. Aos estudantes dará estímulo para que tirem suas próprias conclusões a partir da observação dos fatos da língua.” (Autor de "Iniciação à sintaxe do português", obra sucessivamente reeditada, José Carlos de Azeredo).
A Gramática é, sim, importante para o Português, porém ela não tem uma importância única. Para quê serviria a Gramática, sem a fala? Claro que ela nos ajuda, e muito, em certos pontos na escrita. Mas não influência na nossa fala, e esse é o principal meio de comunicação. Podemos tomar como exemplo a mudança que ocorreu, recentemente, na Gramática, apenas para igualar nossa escrita com os países que FALAM o mesmo idioma que nós. Se parássemos de falar, o Português resistiria com apenas a escrita ou viraria uma língua “morta” como o Latim?
Para alguns, pequenos erros é motivo de pânico, mas não é bem assim. Nem todos precisam saber todas as regras gramaticais ou como aplicá-las para saber escrever, como disse Luís Fernando Veríssimo, em seu texto O gigolô das palavras, "[...]A intimidade com a Gramática é tão indispensável que eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria.[...]", com isso percebemos que não é necessário ser um especialista no assunto para escrever.
Há quem diga que tudo é Gramática, se houve junção de letras formando-se uma palavra, logo procuramos saber se ela está nos devidos padrões impostos pelo Português. Às vezes não está, e nem por isso deixamos de usá-la.
As gírias, por exemplo, mesmo sabendo que é errado usá-las, não as abandonamos, pelo contrário, deixamos de lado o "Português formal". Não encontramos, em diálogos informais, pessoas falando "Você sabe para que estão levando aquelas cadeiras?", mas certamente encontramos dizendo "Cê sabe pra que tão levando aquelas cadeiras?".
Será que, tudo que nos é imposto na escola, para decorarmos, vai ser lembrado no futuro? Creio que não.
Bem, nosso Português não se trata apenas do modo como escrevemos, mas, também, de como falamos. Vejamos, porque ouvimos bastante, no primário, nossa professora dizer "escreve do mesmo jeito que se pronuncia" e não "se pronuncia do mesmo modo como se escreve"? Já imaginou? "A árvore, com acento agudo no primeiro A, tem 'mun-in-tas' folhas". Percebemos, assim, que a influência verdadeira, vem da fala e não da escrita, sem retirar, claro, a importância da Gramática.
Cristiellen Larissa

Nenhum comentário:

Postar um comentário